A Cattleya intermedia, espécie nativa do Brasil, típica da Mata Atlântica,
ocorre em seu habitat natural desde a Região dos Lagos no Rio de Janeiro,
passando pelos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul, principalmente no litoral, adentrando pelo interior até determinadas
altitudes, uma curiosidade é que a costa
paranaense não foi povoada por esta espécie, ninguém até hoje sabe o motivo. No
Rio Grande do Sul pode ser encontrada até próxima a fronteira com o Uruguai,
principalmente na Região da Lagoa dos Patos e na Reserva do Banhado do Taim.
Esta espécie cresce principalmente fixada em árvores,
mas pode ser encontrada em alguns lugares vegetando rochas e areia em locais de
restinga, como é o caso da Região dos Lagos no Rio de Janeiro onde pode ser
observada no chão arenoso a beira de praias e lagoas crescendo em sol pleno,
com muita umidade no solo, também pode ser vista em fendas de rochas graníticas
nos costões a beira-mar e no interior, cheias de matéria orgânica, além de
serem encontradas nessa mesma região em figueiras (Fícus SSP) e em butiazeiros (Butia
capitata). Já no estado do Rio Grande do Sul é vista formando grandes
touceiras em corticeiras (Erithina
cristagalli) em banhados e pântanos cobertos com vegetação, como é o caso
da Reserva do banhado do Taim, nessa região ela encontrou um habitat perfeito para se desenvolver, foi deste
lugar que saiu os melhores exemplares e muitas variedades que até hoje são
utilizadas nos cruzamentos e melhoramentos genéticos por muitos orquidófilos.
Ainda falando de melhoramento as formas das flores encontradas na natureza são
mais arredondadas e perfeitas quanto mais ao sul do país em comparação com as
encontradas mais ao norte. No estado de São paulo ela é encontrada em seu habitat natural em regiões de mata atlântica, principalmente próximas ao litoral.
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Cattleya intermémia Graham |
O porte da C.intermedia varia de acordo com habitat onde está inserida, no
litoral, por exemplo, onde ela cresce junto com a vegetação rasteiras na praia
(restinga), onde há umidade constante e calor, atinge 50 cm de altura, podendo
produzir até 10 flores por haste, já em locais como no interior onde existe
menos umidade, elas atingem não mais que 30 cm de altura e produzem até 5 flores por
haste. Em geral a espécie caracteriza-se por pseudobulbos cilíndricos, ou
levemente achatados, de 0,5 a
2, 0 cm
de diâmetro. Ela pertence ao grupo das Cattleyas bifoliadas e pode apresentar
duas a três folhas por bulbo. O enraizamento dos novos pseudobulbos ocorre antes da
floração, diferenciando da maioria das Cattleyas, fazendo com que produza
muitas flores, pois seu novo pseudobulbo se torna independente da parte
traseira podendo suportar mais flores.
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C. intermedia var.vinicolor |
Suas flores variam de 6 a 13 cm, o colorido de suas
pétalas, sépalas e labelos são bem variados, podendo ser rosa-púrpero (tipo),
bordô, coerulea (azul-celeste), fresina, lilasina, roxo-bispo, semi-alba,
rubra, sanguínea, concolor, vinicolor e alba. Quanto à forma de suas flores
também existe bastante variação podendo ser classificadas em pelórica, aquinii,
flâmea e bergeriana. E pela forma do colorido elas podem ser classificadas em
albescens, punctata, maculata, orlata, marginata, multiforme, oculata,
pseudo-tipo, striata e venosa. Atualmente, são admitidas cerca de 30
variedades. Suas
flores exalam um delicado perfume durante o dia.
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C. intermedia var.concolor |
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C. intermedia var.coerulea |
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C. intermedia var.maculata |
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C. intermedia var.coerulea |
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C. intermedia var.alba |
Seu florescimento acontece do final
do Inverno ao início da Primavera, com auge em setembro. Apesar
de ser uma planta que desenvolve melhor em clima mais ameno, em algumas regiões
mais quentes como é o caso do interior de São Paulo ela pode apresentar duas floração
no ano, florindo novamente em fevereiro, lembrando que nessa região ela não
ocorre na natureza, podendo ser encontrada somente em cultivos domésticos feitos
por colecionadores.
O cultivo da Cattleya intermedia exige bastante umidade do ar, muito
sol principalmente da manhã e boa ventilação. O substrato que tem dado melhor resultado é a
casca de pinus autoclavada (sem tanino), pedriscos de granito ou até a mistura
de ambos em partes iguais, proporcionando uma maior ventilação entre as suas
raízes.
Pode ser cultivada com sucesso amarrada a uma árvore nativa como figueira (Ficus spp) ,corticeira (Erithina
cristagalli) ou ipê (Tabebuia ssp). Para estimular a formação de botões
florais, a Cattleya intermedia necessita de um período frio, de duas
a três semanas, com temperaturas abaixo de 15 °C à noite.
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Hibrido: C.intermedia X C.aclandi |
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Hibrido: C.DiPozzi Tiziano var.corulea (C. intermedia X C. pão de açucar) |
A C.
intermedia é uma das Cattleyas mais
apreciadas no Brasil, nos meses de sua floração são realizadas diversas exposições em sua homenagem,
principalmente em Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. A C.
intermedia ganha destaque principalmente pela grande variação de formas e
cores sendo há décadas alvo contínuo de
melhoramentos genéticos, onde os exemplares atingiram uma grande perfeição. Dentre suas virtudes, também ganha destaque
a precocidade, pois alguns seedlings emitem
flores entre três e quatro anos, enquanto nas demais orquidáceas isso pode
chegar a seis ou mais anos. Ao longo de milhares de cruzamentos, suas flores se
tornaram maiores, com melhor textura, mais redondas e cores vibrantes, com isso
aliado ao fácil cultivo, faz com que ela tenha uma grande aceitação em
diferentes países, como no caso do Japão, para onde ela é muito exportada, além
de ser uma planta muito utilizada em hibridação, pois o colorido de suas
pétalas principalmente das variedades flâmeas e aquinii, passam para seus
descendentes.
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C. intermedia var.amethystina |
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C. intermedia var. aquinii concolor |
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C. intermedia var.orlata |
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C. intermedia tipo
Orquídeas e Plantas Nativas (orquideaseplantasnativas.blogspot.com.br). |